Caravana da Fraternidade

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Francisco Spinelli

quarta-feira, 30 de março de 2011

Bezerra de Menezes, por Divaldo Franco Unificação paulatina, união imediata, trabalho incessante


Espíritas, meus irmãos!

Quando as clarinadas de um novo dia em luz nos anunciam os chegados tempos do Senhor;
quando uma era de paz prepara a nova humanidade, neste momento dominada pela angústia
e batida pela desesperação, façamos a viagem de volta para dentro de nós.

No instante em que os valores externos perdem a sua significação, impulsionando-nos a buscar
Deus no coração, somos, através de nossos irmãos, convidados à responsabilidade maior de
amar, de servir e de passar...

Jesus, meus amigos, é mais do que um símbolo. É uma realidade em nossa existência. Não é
apenas um ser que transitou da manjedoura à Cruz, mas o exemplo, cuja vida se transformou
num Evangelho de feitos, chamando por nós.

Necessário, em razão disso, aprofundar o pensamento na Obra de Allan Kardec para poder
viver Jesus em toda a plenitude.

Estamos convidados ao banquete da era melhor, do Evangelho imortal, e ninguém se pode
escusar, a pretexto algum.

Dias houve em que poderíamos dizer que não estávamos informados a respeito da verdade.
Hoje, porém, sabemos... Agora que a conhecemos por experiência pessoal, vivamos o Cristo
de Deus em nossas atitudes, a fim de que o sol espírita não apresente a mensagem de luz
dificultada pelas nuvens densas que caracterizam o egoísmo humano, o ressentimento,
a vaidade...

Unificação, sim. União, também.

Imprescindível que nos unifiquemos no ideal Espírita, mas que, acima de tudo, nos unamos
como irmãos.

Os nossos postulados devem ser desdobrados e vividos dentro de uma linha austera de
dignidade e nobreza. Sem embargo, que os nossos sentimentos vibrem em uníssono,
refletindo as emoções de amigos que se desejam ajudar e de irmãos que se não permitem
avançar - deixando a retaguarda juncada de cadáveres ou assinalada pelos que não tiveram
força para prosseguir...

A tarefa da unificação é paulatina; a tarefa da união é imediata, enquanto a tarefa do trabalho
é incessante, porque jamais terminaremos o serviço, desde que somos servos imperfeitos,
e fazemos apenas a parte que nos está confiada.

Amar, no entanto, é o impositivo que o Senhor nos concedeu e que a Doutrina nos restaura.

Unamo-nos, amemo-nos, realmente, e dirimamos as nossas dúvidas, retificando as nossas
opiniões, as nossas dificuldades e os nossos pontos de vista, diante da mensagem clara e
sublime da Doutrina com que Allan Kardec enriquece a nova era, compreendendo que lhe
somos simples discípulos. Como discípulos não podemos ultrapassar o mestre.

Demo-nos as mãos e ajudemo-nos; esqueçamos as opiniões contraditórias para nos
recordarmos dos conceitos de identificação, confiando no tempo, o grande enxugador de
lágrimas, que a tudo corrige.

Não vos conclamamos a inércia, ao parasitismo, à aceitação tácita, sem a discussão ou o
exame das informações.

Convidamo-vos à verdadeira dinâmica do amor.

Recordemos, na palavra de Jesus, que "a casa dividida rui", todavia ninguém pode
arrebentar um feixe de varas que se agregam numa união de forças.

É por isto, Espíritas, meus irmãos, que a Unificação deve prosseguir, mas a União deve
vigir em nossos corações.

Somos semeadores do tempo melhor. Somos os pomicultores da era nova. A colheita que
faremos em nome de Jesus caracterizar-nos-á o trabalho.

Adiante, meus irmãos, na busca da aurora dos novos tempos.

Jesus é o Mestre por excelência e Allan Kardec é o discípulo fiel.

Sejamos nós os continuadores honrados e nobres da Sua obra de amor e da Sua lição
de sabedoria...

E quando as sombras da desencarnação descerem sobre vós, e nós outros, os já desencarnados,
nos acercarmos a receber-vos, podereis dizer:

- Aqui estamos, Senhor, servos deficientes que reconhecemos ser, porque apenas fizemos o que
nos foi determinado.

Ele, porém, magnânimo, justo e bom, dir-vos-á:

"Vinde a mim, filhos de meu Pai, entrai no gozo da paz."

Muita paz, meus amigos!

Que o Senhor vos abençoe.
BEZERRA DE MENEZES

(Mensagem psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na noite de 20-4-75,
na sessão pública da Federação Espírita Brasileira, Seção - Brasília, DF.) (Reformador - Fev/76)

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